Geraldinho, ficou conhecido nacionalmente por ser um homem simples da vida interiorana, mas cheio de histórias para contar.
O ilustre bela-vistense nasceu nasceu na Fazenda Aborrecido. Viveu boa parte de sua vida na Fazenda Nuelo, localizada no município de Bela Vista de Goiás. Casou-se com Joana Bonifácio e com ela teve oito filhos.
Geraldinho gostava muito de participar da Folia de Reis, onde dançava catira, tocava viola e também alegrava as pessoas com suas histórias.
Antes de ser "descoberto" ele contava seus causos em todos lugares por onde passava: na roça (principalmente na fazenda Nuelo, onde viveu boa parte de sua vida e nas redondezas de Bela Vista de Goiás), em festas, botecos, folias, quermesses e pasmem, até em velórios!
A história de sucesso de Geraldinho Nogueira começou em meados da década de 80. O espetáculo Trova Prosa Viola, idealizado por Hamilton Carneiro, reuniu ele Geraldinho, e a dupla André e Andrade durante oito anos pelos palcos de Goiás e fez o matuto virar ícone, instigando pesquisadores de universidades brasileiras e sendo assistido por milhares de pessoas. O disco ganhou primeiro registro em vinil em 1994 e chega agora na segunda reedição em CD. Era 1984, quando Hamilton Carneiro encontrou Geraldo Nogueira, um “rachadô da arueira”, “capinadô de roça” e “derrubadô de mata” (na definição do próprio Geraldinho) nos arredores de Bela Vista, a 45 quilômetros da capital. O talento puro do matuto foi incialmente testado nos comerciais da extinta Caixego (banco de Goiás).
Analfabeto (“minha caneta é a enxada na saroba”, dizia o sertanejo), Geraldinho era dono de metáforas que retratavam o jeito simples e ao mesmo tempo criativo do homem do campo. Hamilton sabia que havia descoberto um talento nato. Concebeu então o show Trova Prosa Viola em que contava com a dupla caipira fazendo um fundo musical concernente às peripécias semânticas de Geraldinho.
O Sucesso do Fenômeno
Da turnê que começou em Quirinópolis, o espetáculo chegou ao televisivo Som Brasil, da Rede Globo, à época sob o comando de Lima Duarte, e provocou a procura de vários pesquisadores de Letras e Comunicação Social de universidades do Rio Grande do Sul e São Paulo interessados em investigar o fenômeno Geraldinho. Hamilton Carneiro conta que já recebeu 16 propostas de imitadores de Geraldinho. "Mas todo imitador não passa de arremedo, fica caricato, não dá. Mazzaropi e Oscarito só tiveram um, assim como Geraldinho Nogueira", compara.
A Morte de Geraldinho
O formato do show virou marca. Geraldinho e seus “causos” seguidos das toadas de André e Andrade, a maioria delas escritas pelo próprio Hamilton, com temas próximos ao que havia acabado de ser contado. O show começava a ganhar o país quando Geraldinho morreu, em 5 dezembro de 1993, vítima de trombose intestinal. A produção tinha agendado apresentações no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, Rio Grande do Sul e Salvador.
Fontes: www.overmundo.com.br
www.lucianoqueiroz.com
www.lucianoqueiroz.com
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