quarta-feira, 19 de outubro de 2016

QUEEN





Queen foi uma banda britânica de rock, fundada em meados de 1970. O grupo, formado por Brian May (guitarra e vocais), Freddie Mercury (vocais e piano), John Deacon (baixo) e Roger Taylor (bateria e vocais) é frequentemente citado como um dos expoentes do seu estilo, também sendo um dos recordistas de vendas de discos a nível mundial. A música da banda também é conhecida por ser altamente eclética, passeando por várias vertentes do rock.
Originalmente, o Queen surgiu a partir da banda Smile, formada por Brian May, Roger Taylor e o baixista Tim Staffell. Com a dissolução desse conjunto, Freddie Mercury e John Deacon, juntamente com May e Roger fundaram um novo grupo em meados de 1970. 

Queen - Hungarian Rhapsody Live In Budapest 1986


00:00 Intro 02:10 One Vision 06:32 Tie Your Mother Down 08:50 In The Lap Of The Gods...Revisited 11:05 Seven Seas Of Rhye 12:45 Tear It Up 15:20 A Kind Of Magic 23:45 Under Pressure 28:10 Who Wants To Live Forever 32:10 I Want To Break Free 35:10 Guitar Solo 41:05 Now I'm Here 46:55 Love Of My Life 49:40 Tavaszi Szél Vizet Áraszt 51:40 Is This The World We Created? 54:04 Tutti Frutti 59:25 Bohemian Rhapsody 1:04:40 Hammer To Fall 1:08:55 Crazy Little Thing Called Love 1:13:55 Radio Ga Ga 1:20:00 We Will Rock You 1:23:03 Friends Will Be Friends 1:25:05 We Are The Champions

Os seus dois primeiros álbuns alcançaram pouco sucesso, até que tornaram-se internacionalmente conhecidos através dos álbuns Sheer Heart Attack e principalmente por A Night at the Opera, cujos singles "Bohemian Rhapsody" e "You're My Best Friend" alcançaram bons desempenhos nas paradas. Mais tarde, a popularidade do quarteto estendeu-se com News of the World, em 1977, devido aos hits "We Will Rock You" e "We Are the Champions", bem como com "Crazy Little Thing Called Love" e "Another One Bites the Dust", do elogiado The Game, de 1980.
Durante a década de 1980, o Queen passou a adotar sintetizadores nas suas músicas, e apesar de alguns sucessos como "Under Pressure", a banda recebeu fortes críticas da mídia especializada, perdeu grande parte de sua popularidade em território norte-americano e passou por crises internas, mesmo mantendo a sua formação. Em contrapartida, The Works conteve os singles "Radio Ga Ga" e "I Want to Break Free", que alcançaram grande notoriedade no Reino Unido e em países da América do Sul, como o Brasil e Argentina. Em 1985, o conjunto realizou uma das suas performances mais memoráveis no evento Live Aid. Anos depois, o vocalista Freddie Mercury contraiu o vírus da AIDS/SIDA, e após o lançamento de The Miracle e Innuendo, o artista morreu aos 45 anos de idade. Em 1995, foi lançado o último trabalho inédito do quarteto, Made in Heaven, e o baixista John Deacon aposentou-se do mundo musical.
Nos anos seguintes, Brian May e Roger Taylor seguiram com as suas carreiras solo, também tocando com vários músicos convidados. Dentre eles, destacam-se Paul Rodgers e Adam Lambert, com quem formaram, respectivamente, o Queen + Paul Rodgers e Queen + Adam Lambert. O Queen já vendeu mais de trezentos milhões de discos ao redor do mundo, tendo lançado quinze álbuns inéditos, várias coletâneas e trabalhos em vídeo. O grupo foi incluído no Rock and Roll Hall of Fame em 2001 e ganhou uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood em 2005.



981–82: Aumento das intrigas
Integrantes do Queen, na Argentina.
Ainda em 1980, o Queen foi convidado pelo diretor Mike Hodges para produzir uma trilha sonora para o filme de ficção científica Flash Gordon. Aceitando, gravaram uma série de faixas,[84] grande parte delas instrumentais. No repertório dos shows, no entanto, executavam "Flash" (que foi lançada como single) e "The Hero".[85] Naquele ano, estiveram no Brasil, no estádio do Morumbi, em São Paulo[86] e em outros países da América Latina, como a Argentina.[87] A banda desejava se apresentar também no Estádio do Maracanã, mas não conseguiu autorização.[86]

O cantor David Bowie (1983) escreveu juntamente com o Queen "Under Pressure".
Em 1981, Freddie e John foram para o Mountain Studios, de propriedade do Queen, para trabalhar em algumas músicas novas. Juntos, escreveram "Cool Cat". Nesta época, o cantor David Bowie estava gravando, e foi convidado a fazer vocais de apoio na canção. Mas o artista não gostou do resultado e pediu para que não fosse utilizado. Num dia de ensaios do quarteto, David os convidou a criar uma música juntos. De um riff de baixo, com contribuições majoritárias de Mercury e Bowie, surgiu "Under Pressure". O single se tornou um sucesso e a única parceria do conjunto com algum outro cantor.[88][89] Nesta época também foi lançado Greatest Hits, a primeira coletânea de maiores sucessos da banda.[90]
Naquela época, a banda foi realizar mais uma série de shows na América do Sul, mas, diferentemente da primeira vez, ocorreu uma série de problemas que, no final, custou cerca de um milhão de dólares para o Queen. Foi um baque para todo o grupo, que decidiu se concentrar em um novo trabalho, Hot Space. Freddie acreditava que quanto menos guitarras, melhor, o que deixou Brian May irritado. As sessões de gravação eram em horários irregulares, e enquanto Brian se embriagava, Freddie consumia cocaína. John Deacon ficou levemente desapontado com o desempenho do guitarrista em suas músicas, ocorrência que deu espaço aos primeiros atritos entre os dois. No entanto, em comparação aos demais, o baixista estava com os ânimos mais calmos.[91]

QUEEN Greatest Hits | QUEEN Playlist 2016


00:00 01.Another One Bites The Dust 
03:48 02.Bohemian Rhapsody 
09:33 03.Crazy Little Thing Called Love 
12:24 04.Don't Stop Me Now 
16:04 05.Fat Bottomed Girls 
19:35 06.Guitar Solo 
27:20 07.I Want It All
31:32 08.I Was Born To Love You 
36:35 09.Innuendo 
43:21 10.Killer Queen 
46:29 11.Let Me Live 
51:28 12.Living On My Own
58:26 13.Mother Love 
1:03:28 14.Radio Ga Ga 
1:09:11 15.Save Me 
1:13:10 16.Somebody to Love 
1:18:20 17.Stone Cold Crazy 
1:20:43 18.Thank God it's Christmas 
1:25:12 19.Under Pressure 
1:29:19 20.The Show Must Go On 
1:33:55 21.Too Much Love Kill You 
1:38:26 22.Under Pressure 
1:42:34 23.We Are the Champions
1:46:36 24.We Will Rock You

Quando o single "Body Language" foi lançado, May ficou preocupado, porque estava achando que as composições de Mercury estavam cada vez mais implicitamente gays e que, em sua visão, era mais importante compor sobre temas universais que fariam um maior número de pessoas se identificarem.[92][93] As canções do álbum, distantes do rock, não obtiveram a mesma aceitação do projeto anterior.[94][95] Enquanto as influências musicais tendiam mais a favor de Freddie e John, Brian e Roger criticavam duramente a mudança de sonoridade.[96] Algumas mudanças no arranjo ao vivo tornaram as faixas mais atraentes, mas não o suficiente para empolgar o público.[96] Ao mesmo tempo, Hot Space ia mal nas paradas.[96][97]
Entre os shows, Freddie, que estava tendo um estilo de vida dissonante dos demais membros, estava cansado de turnês, e em muitos momentos demonstrava-se extremamente irritado. Segundo alguns relatos, Mercury estava cada vez mais cercado por pessoas interesseiras e controladoras, principalmente seus amantes.[98] Nesta época, a banda trabalhou com os músicos Morgan Fisher[99] e Fred Mandel para tocar teclado nas apresentações.[100] Este último, que esteve até o fim da digressão, sentiu a pressão na qual estava envolvido.[98] Após a divulgação, o Queen se separou para um momento de férias.[98]



1983–87: Atritos e polêmicas
Em 1983, quase todos os integrantes do Queen se concentraram em projetos paralelos. Brian May gravou e lançou o Star Fleet Project com a participação de Eddie Van Halen, além de trabalhar como produtor musical em alguns álbuns.[101] Freddie Mercury divulgou "Love Kills"[102] como parte da trilha sonora do filme Metropolis, que estava sendo relançado. A faixa em si tinha surgido nas sessões de The Game e estava inacabada.[103][104] Roger Taylor, que em 1981 foi o primeiro a lançar um trabalho solo, Fun in Space, estava preparando seu sucessor, o qual seria Strange Frontier.[105] John Deacon foi o único a não produzir algo, pois acreditava que não havia nada a fazer no meio musical que não fosse o Queen. Assim, concentrou-se no nascimento de seu quarto filho, Joshua.[103]
Nesta época, em entrevistas, devido aos materiais solo, eram questionados se estavam se separando. Freddie, por exemplo, disse que não, mas uma pausa temporária estava acontecendo.[104] Nesta época, o cantor gravou três músicas num estúdio caseiro de Michael Jackson, para um projeto futuro de duetos entre os dois músicos.[106] No entanto, as sessões nunca foram concluídas, e existem várias versões para isso. Uma é que o uso de drogas do vocalista do Queen incomodava profundamente Jackson,[104] outra que a lhama de estimação do artista irritou Mercury a ponto de desistir de gravar algo. Logo afirmaria que os dois se afastaram naturalmente por conta de agenda,[107] e porque Michael se isolou de contatos sociais.[104] Duas das músicas seriam utilizadas em um futuro álbum solo de Michael Jackson, mas com a participação de Mick Jagger.[108]


Queen- Live at Wembley Stadium Saturday 1986 (HQ)




01. One Vision - 1:05
02. Tie Your Mother Down - 5:50
03. In The Lap Of The Gods - 10:15
04. Seven Seas Of Rhye - 12:25
05. Tear It Up - 13:43
06. A Kind Of Magic - 17:00
07. Under Pressure - 24:38
08. Another One Bites The Dust - 28:16
09. Who Wants To Live Forever - 34:20
10. I Want To Break Free - 38:27
11. Improvised - 41:55
12. Brain May Solo - 45:05
13. Now I'm Here - 54:10
14. Love Of My Life - 1:01:15
15. Is This The World We Created - 1:05:22
16. Baby I Don't Care - 1:08:22
17. Hello Mary Lou - 1:09:53
18. Tutti Frutti - 1:11:44
19. Gimme Some Lovin' - 1:15:30
20. Bohemian Rhapsody - 1:16:03
21. Hammer To Fall - 1:21:53
22. Crazy Little Thing Called Love - 1:27:40
23. Big Spender - 1:33:40
24. Radio Ga Ga - 1:34:36
25. We Will Rock You - 1:40:40
26. Friends Will Be Friends - 1:43:23
27. We Are The Champions - 1:45:30
28. God Save The Queen (Close Concert)- 1:49:34

Naquele ano, John Deacon se reuniu com um diretor de vídeo, o qual queria que o Queen produzisse mais uma trilha sonora. Em nome da banda, o baixista aceitou, e com os demais passou a trabalhar em novas músicas. No entanto, a ideia evoluiu para um álbum quando o diretor afirmou que não tinha recursos para investir no material.[109]
Após o material ter sido escrito, os integrantes foram selecionar as faixas definitivas para The Works, e as músicas de Roger Taylor não agradaram nenhum deles. Mercury disse ao baterista para trabalhar em uma faixa nova, senão ficaria sem canções para colaborar. Assim, Taylor começou a escrever "Radio Ga Ga", que mais tarde tornaria-se seu maior sucesso autoral na carreira do Queen. No entanto, o relacionamento entre os membros ainda era tenso; Freddie aceitou gravar apenas por questões contratuais, pois estava desmotivado e esquivo, tendo animado-se posteriormente. Em razão do extremo fracasso de Hot Space, era consenso geral entre os quatro de que era necessário produzir um material mais condizente com a identidade já construída pelo Queen. Brian May investiu em mais peso em sua guitarra, flertando com o heavy metal em "Hammer to Fall", enquanto Freddie construía baladas típicas como "It's a Hard Life". John Deacon, mais uma vez produzia seu material quieto, mas que seria um dos principais hits do Queen, "I Want to Break Free". No fim das contas, mesmo em uma série de atritos, o quarteto tinha o pensamento de que o grupo era mais importante, ideia que os manteve unidos.[104][109][110]


Após o lançamento, o trabalho recebeu críticas mistas[111] e mesmo não repetindo a fórmula do anterior, continuou a vender pouco. Durante a turnê, as tensões de Freddie o fizeram perder muitos amigos, e teve problemas para se locomover, por ter se ferido durante uma briga em Nova Iorque. No clipe de "I Want to Break Free", os membros da banda atuaram vestidos de mulher, em referência à série Coronation Street. O material, que tinha tom humorístico, foi bem recebido no Reino Unido, mas não nos Estados Unidos, onde foi erroneamente interpretada por alguns como apologética ao mundo gay. Como resposta, o Queen ignorou o país e nunca mais fizeram um show na América do Norte.[110][112]
Em outubro, a banda se apresentou em Sun City, próximo a Joanesburgo, na África do Sul. O país estava em pleno regime do apartheid, e o Queen foi recomendado a não tocar lá. Como efeito, a imprensa criticou fortemente a atitude do quarteto.[113] Mas quando nenhum de seus integrantes foi chamado para participar da gravação de "Do They Know It's Christmas?", do Band Aid, a situação desanimou muito o grupo, que por um momento pensou em encerrar as atividades.[2][114] Ao mesmo tempo, uma canção de natal do Queen era divulgada, "Thank God It's Christmas".[115]


Queen durante o Rock in Rio. Freddie Mercury segura a bandeira do Brasil.
Na mesma época, a banda voltou ao Brasil para participar da primeira edição do Rock in Rio, ocorrida na Barra da Tijuca, na Rio de Janeiro.[116] A apresentação, que reuniu cerca de 300 mil pessoas foi extremamente positiva, contendo no repertório faixas de todas as fases do Queen.[86] "Love Of My Life" cantada, em grande parte, pelo público foi um dos momentos mais marcantes do Festival. Tempos depois, era lançado Mr. Bad Guy, primeiro trabalho solo de Freddie Mercury.[117]
A má situação do Queen perante a imprensa e público começou a mudar quando Bob Geldof convidou-os a participar de um evento beneficente chamado Live Aid, e o grupo viu ali como uma oportunidade de se redimir. No entanto, alguns fatos os incomodaram: apresentar-se durante o dia, e ter vários outros artistas e bandas tocando na mesma data. David Bowie, The Who, Elton John e U2 eram alguns deles. Paul McCartney, por exemplo, retornaria aos palcos pela primeira vez após a morte de John Lennon. Mesmo com alguns impasses, aceitaram o desafio.[2][118] Concentrados em apresentar hits, em seus vinte minutos de apresentação tocaram "Bohemian Rhapsody", "Radio Ga Ga" (lembrada por suas palmas em uníssono), "Hammer to Fall", "Crazy Little Think Called Love", "We Will Rock You", "We Are the Champions" e "Is this World We Created?". A apresentação, ocorrida às 18 horas no estádio de Wembley, foi considerada a mais memorável de todo o evento e melhorou a imagem da banda que, renovada, retomaria seu ânimo.[2][16]
Impulsionados pelo sucesso do Live Aid, o grupo se reuniu ainda em 1985 para compor e gravar novas músicas. "One Vision", de Roger Taylor, foi adaptada pelos demais, que também ganharam créditos. Ao mesmo tempo, receberam um convite para criarem uma trilha sonora para o filme de ação e fantasia Highlander, do qual surgiu "Who Wants to Live Forever", por Brian May; e "One Year of Love", de John Deacon.[119] Ambas contém um arranjo de cordas criado por Michael Kamen, músico que trabalhara anteriormente com o Pink Floyd em The Wall e The Final Cut.[120][121] Mas a imprensa ainda requentava os efeitos da apresentação na África do Sul, fato que levou o Queen a doar os royalties de um de seus singles para o Live Aid.[122]



Na mesma época, o relacionamento de Freddie com um cabeleireiro irlandês chamado Jim Hutton começou a se desenvolver, e o namoro do cantor com a atriz Barbara Valentin, que durou muitos anos, terminou. Ao mesmo tempo, uma nova doença, divulgada preconceituosamente pelos tabloides como "peste gay", começava a se espalhar. Alguns amigos do artista começaram a morrer, e embora ainda não fosse portador da doença, muitos à sua volta a contraíram. Ao contrário do que se poderia presumir, Freddie não aumentou os cuidados na sua atividade sexual.[119][122]



Em 1986, após a trilha sonora ser concluída, o Queen passou a gravar o álbum. O produtor David Richards gravaria algumas canções juntamente com Brian e Roger no Mountain Studios, enquanto Mack faria o mesmo com Freddie e John no estúdio Musicland. O trabalho individualizado, já evidenciado como um problema em Jazz, retornou em A Kind of Magic.[119] O trabalho se saiu mal nas paradas norte-americanas, e recebeu críticas, em grande parte negativas.[123] A turnê de divulgação contou com uma estrutura complexa[124] e o maior palco na carreira do grupo, mas a chegada dos quarenta anos, os nódulos vocais, tabagismo e um estilo de vida pouco saudável aos poucos exigiam bem mais de seu vocalista, que ainda conseguia realizar as apresentações.[125] O final da digressão foi em agosto, em Knebworth Park, que reuniu cerca de 200 mil pessoas.[2] Nesta época, Deacon teve crises imprevisíveis. No show em Knebworth, em especial, o baixista quebrou seu instrumento com seu amplificador, uma atitude que nem o próprio músico conseguia explicar.[126] Foi o último show do Queen com sua formação clássica.[2]



Após o fim da turnê de A Kind of Magic, Brian May começou a trabalhar em um futuro álbum solo. Freddie Mercury fez o mesmo, lançando o single "The Great Pretender". Após uma série de elogios e aproximações, o cantor produziria um disco de título Barcelona juntamente com a cantora de ópera Montserrat Caballé, da qual era fã e em 1992 planejavam cantar juntos na estreia dos Jogos Olímpicos. Entretanto, entre abril e maio de 1987, o vocalista foi diagnosticado com o vírus da AIDS, fato que bagunçou todos os planos do artista que, a princípio, manteve o quadro em segredo.[2][127] Roger Taylor decidiu fundar uma nova banda, chamada The Cross,[128] e John Deacon fez gravações com Elton John, Cozy Powell e também fundou um grupo, chamado The Immortals, que chegou apenas a lançar um single.[129]
Em janeiro de 1988, o grupo se reuniu em Londres para definir que, a partir daquele momento, todo o futuro repertório inédito do Queen seria creditado a todos, independentemente de seus reais compositores,[130] para evitar decisões guiadas pelo ego ou ganância. Assim, os quatro também trabalhariam juntos novamente no estúdio. Mercury se desdobrava entre as sessões do futuro álbum com as gravações de Barcelona, enquanto, oficialmente não se pronunciava acerca de sua doença para seus colegas de trabalho. No entanto, em certo momento os músicos já sabiam, exceto o produtor David Richards, o qual pensava que o cantor estava com câncer.[131][132]




Ao mesmo tempo, Brian passava por uma vida pessoal cada vez mais traumática e apresentava sintomas de depressão. Assumiu publicamente o relacionamento com Anita Dobson, separou-se da esposa e de seus filhos e em junho de 1988 perdeu seu pai. No entanto, há participação intensa de May no álbum. "I Want It All", o primeiro single do álbum, tornou-se um dos maiores sucessos do Queen.[85][133] The Miracle estreou no primeiro lugar nas paradas do Reino Unido, e nos Estados Unidos teve um desempenho regular, embora superior a A Kind of Magic. A mídia especializada em geral teve opiniões mistas a positivas,[134][135] sendo considerado um trabalho mais orientado ao rock que a banda fazia anteriormente.[85] Sobre o projeto, Roger Taylor considerou que "era o melhor álbum do Queen em dez anos facilmente".[136]



Ao lançar o single "I Want It All" em abril de 1989, a banda anunciou que não faria turnê do álbum.[85] Freddie justificou afirmando que queria quebrar o ciclo que faziam desde o início da carreira.[132] Ainda, os clipes gravados para as faixas de trabalho foram mais complexos do que os anteriores, utilizando vários recursos que diminuíssem o foco em Mercury. Nestes, o cantor deixou a barba crescer, fato que o ajudou a esconder sinais do Sarcoma de Kaposi em sua pele. No último vídeo gravado, da canção "The Miracle", o quarteto teve a ideia de contratar atores mirins para a atuar, com o grupo original aparecendo ao final. O vocalista, nestas imagens pareceu mais envelhecido e fraco do que na última turnê. Brian e Roger ficaram responsáveis por promover o trabalho, e negaram todos os boatos acerca de uma possível doença de seu intérprete.[137]




Poucos meses depois ao lançamento de The Miracle, Freddie voltou sozinho ao Montreux Studios para produzir novas músicas. Foi nessa época que o cantor revelou aos seus colegas ser portador da doença, em uma reunião formal. O diagnóstico entristeceu e devastou os demais membros, que estiveram dispostos a trabalhar num futuro álbum, pelo pouco tempo de vida que o cantor ainda poderia ter.[2] Mercury exigiu que não contassem a ninguém acerca do vírus, fato que fez a banda criar uma espécie de escudo protetor sob o vocalista. O repertório conteve algumas músicas que sobraram de Barcelona, The Miracle e canções que anteriormente estavam destinadas ao futuro trabalho solo de Brian May.[137]
As gravações no início foram intensas, durando semanas ininterruptas.[131] No entanto, quando o Queen foi receber o Brit Awards, Freddie Mercury estava numa aparência mais diferente ainda. Com uma roupa folgada, cabelo ralo e parecendo pálido e cansado, apenas agradeceu, enquanto Brian May fez o discurso.[138] O ocorrido só fez aumentar as especulações de que o vocalista estava doente, e foi sua última aparição pública.[137]
O single "Innuendo" foi lançado em janeiro de 1991 e, em decorrência do estado frágil do cantor, a banda resolveu fazer um clipe com ilustrações. Cada ação para preservar o silêncio do artista era questionada pela imprensa, mas os músicos sempre negavam tudo. O álbum, distribuído no início daquele ano, teve a mesma recepção de The Miracle, diferenciando-se pelo fato de a mídia especializada destacar que as letras estavam mais sérias e reflexivas. Nas divulgações públicas do trabalho, apenas Brian e Roger participavam, e a falta de John e Freddie era sempre notada. Mas foi o clipe de "These Are the Days of Our Lives" que evidenciou a fraqueza do artista, que mal podia se mover, por causa de uma lesão no pé.[139][140]



Nos últimos tempos, Freddie preferiu cercar-se de pessoas nas quais confiava, como Mary Austin, sua ex-noiva, seu namorado Jim Hutton (o qual tinha descoberto também ser soropositivo), Mike Moran, Dave Clark, e seu motorista Terry Giddings. Seu testamento, feito pouco tempo após seu aniversário, renderia muitas surpresas.[48][141]
Mesmo temeroso acerca dos efeitos que teria caso assumisse a doença, Freddie pensou que era a melhor hora. O estigma da AIDS como uma doença gay tinha diminuído, mas a principal preocupação do artista estava no impacto que poderia causar às famílias de amigos próximos, principalmente as dos demais integrantes do Queen. O comunicado foi divulgado um dia antes de sua morte:[141]




Seguindo a enorme comoção da mídia nas últimas duas semanas, eu gostaria de confirmar que fui testado como soropositivo e tenho AIDS. Eu senti que era melhor manter isso privado até agora para proteger a mim e àqueles ao meu redor. No entanto, chegou a hora de meus amigos e meus fãs saberem a verdade, e espero que todos se juntem a mim e aos meus médicos na luta contra essa terrível doença. Minha privacidade sempre foi importante para mim e sou famoso por minha falta de entrevistas, por favor, entendam que essa política continuará.[141]
Seu funeral ocorreu em Londres três dias depois, assistido por trinta e cinco pessoas, incluindo a família de Freddie, os membros e o empresário do Queen, Mary Austin, Jim Hutton e poucas outras pessoas. O corpo do cantor foi cremado no Cemitério de Kensal Green, e suas cinzas foram entregues a Mary Austin, sendo que apenas ela, a família do cantor e os membros do Queen sabem onde as cinzas foram depositadas, e nunca revelaram seu paradeiro. Mary ficou com a maior parte da herança do cantor.[48]




Antes de falecer, Freddie brincou com Brian May, dizendo que sua morte faria bem para o Queen, comercialmente falando. Brian lançou "Driven by You" como o primeiro single de sua carreira solo, obtendo boas posições nas paradas.[141] Entretanto, o guitarrista estava em depressão nervosa, e quase se suicidou.[142] Na mesma época, "Bohemian Rhapsody" foi relançada, e alcançou o primeiro lugar nas paradas, vendendo mais de um milhão de cópias.[143] Com coletâneas, as vendas do Queen aumentaram exponencialmente após a morte de seu vocalista.[144]




Entretanto, o trio remanescente não sabia como continuar. John Deacon, convencido de sua aposentadoria, estava aguardando o nascimento do quinto filho, Luke,[144] mas também demonstrava sintomas de depressão.[145] May investiria numa carreira solo sem grandes êxitos, enquanto Roger Taylor lançaria mais um projeto da The Cross, posteriormente retornando aos seus trabalhos como cantor com o politizado Happiness?. Segundo o baterista, "pensei em minha fase de vida em que eu poderia muito bem escrever sobre algo em que eu acreditava, que tinha significado. Você não pode escrever canções pop toda a sua vida."[146]
Em 20 de abril de 1992, foi realizado o The Freddie Mercury Tribute Concert, um show-tributo que reuniu várias bandas e artistas famosos, realizado no estádio de Wembley, em Londres. Músicos como David Bowie, George Michael, Annie Lennox, Elton John, Liza Minnelli, Robert Plant, Roger Daltrey, Tony Iommi e bandas como Def Leppard, Extreme, Guns N' Roses e Metallica, juntamente com os integrantes remanescentes do Queen, (Brian May, Roger Taylor e John Deacon) tocaram os maiores sucessos da banda.[147] A iniciativa foi tomada para arrecadar fundos para a Mercury Phoenix Trust, uma fundação que tem como objetivo lutar contra a AIDS.[148]




Pouco tempo após o lançamento de Innuendo, Mercury deixou claro que queria continuar gravando, apesar de sua saúde frágil. Três canções novas foram feitas: "A Winter's Tale", "You Don't Fool Me" e "Mother Love"; estsa última seria a última gravação do cantor, realizada em 22 de maio de 1991.[131][149] Em 1993, John Deacon, Brian May e Roger Taylor se reuniram para retrabalhar nas últimas canções deixadas por Freddie, mas eram insuficientes para completar um álbum. O trio procurou em todos os arquivos do Queen por canções para o projeto. A produção ocorreu em 1994 e seguiu-se até 1995. Com várias discordâncias acerca da obra, os membros demoravam para chegar a um consenso. Assim, Made in Heaven foi lançado em novembro de 1995,[146] como forma de cumprir um dos últimos desejos do cantor, que era o lançamento deste projeto. Foi o último álbum inédito da banda.[131]




Durante as sessões de Made in Heaven, John Deacon teve sua última e sexta filha, Cameron. O baixista estava convencido de que aposentar-se e dedicar-se à família era a melhor decisão no momento. Contudo, ainda participava de algumas reuniões com outros músicos conforme Brian e Roger o chamavam.[150] Em 1997, o baterista e guitarrista decidiram lançar uma coletânea relembrando algumas das canções mais pesadas do Queen, incluindo uma nova versão de "I Can't Live with You". Para o álbum, de título Queen Rocks, o trio gravou "No-One but You (Only the Good Die Young)"[151] que ficou até 2014 como a última canção inédita lançada pela banda. Assim, foi a última participação do instrumentista com seus companheiros remanescentes.[150][152]


2001–atualmente
Em 2001, a banda foi incluída no Rock and Roll Hall of Fame, mas apenas Roger e Brian apareceram. Nesta mesma época, a dupla gravou "We Are the Champions" com Robbie Williams para o musical We Will Rock You.[153] A participação se tornou célebre pelos comentários negativos de John Deacon[154] ao jornal The Sun, afirmando que estava satisfeito por não ser envolver na gravação, e que Freddie era insubstituível:[155]
Eu não queria estar envolvido nisso e estou feliz. Ouvi o que eles fizeram e é um lixo. É uma das maiores músicas já escritas, mas eu acho que eles a destruíram. Eu não quero ser rude, mas digamos que Robbie Williams não é Freddie Mercury. Freddie nunca será substituído - e certamente não por ele.[13][155]


Em novembro de 2003, Brian e Roger participaram do 46664, evento ocorrido no antigo Green Point Stadium, na Cidade do Cabo. Foi organizado por Nelson Mandela com o objetivo de aumentar a sensibilidade da população sobre o AIDS na África do Sul.[153]
Em meados de 2005, junto com o cantor Paul Rodgers, fundaram o supergrupo Queen + Paul Rodgers, que realizou várias turnês em alguns continentes do mundo. Alguns álbuns ao vivo, como Return of the Champions, foram lançados,[156] mas o inédito The Cosmos Rocks, em 2008, obteve maior destaque, embora com várias críticas negativas.[157] Em 2009, a parceria teve seu fim. O ex-membro John Deacon não se opôs à reunião, mas afirmou que não gostaria de estar envolvido. "John nos deu a sua bênção eterna", afirmou Roger Taylor,[158] embora tenha reconhecido que o baixista é extremamente reservado e suas opiniões não sejam muito claras.[156]

Queen - Love Kills - the ballad - (Official Montage Video)



Love Kills - Freddie Mercury (Original Motion 1984) HD
NA MINHA OPINIÃO A MELHOR




Em 2011, em comemoração aos quarenta anos do Queen, Brian e Roger iniciaram uma campanha de remasterização e relançamento de todo o catálogo de estúdio da banda, incluindo edições duplas de cada álbum, tendo, assim, várias faixas-bônus. Este projeto incluiu versões ao vivo e gravações alternativas em estúdio para as músicas, versões single e novas mixagens.[159][160]
Nesta época, May e Taylor participaram do programa American Idol, onde conheceram o cantor Adam Lambert. Mais tarde, os três fundaram um supergrupo chamado Queen + Adam Lambert.[161] Nesta época, a dupla anunciou estar retrabalhando em algumas faixas perdidas do Queen, com vocais de Freddie. Incluindo "There Must Be More to Life Than This" com participação de Michael Jackson, Queen Forever foi lançado em 2014, contendo a última música inédita distribuída pela banda, "Let Me in Your Heart Again", com participação de Freddie e John.[107][162] Em uma entrevista na Rolling Stone naquele ano, Brian afirmou acreditar que Deacon é uma pessoa meio frágil, e Brian disse que ele ainda fica de olho na parte financeira do grupo.[161]
Em 2015, em comemoração aos 30 anos do Rock in Rio, o supergrupo Queen + Adam Lambert se apresentou na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil, para mais de 85 mil pessoas. A apresentação, além de conter canções da banda, incluiu o single "Ghost Town", de Adam Lambert.[163] No final do mesmo ano, Brian e Roger lançaram o álbum ao vivo A Night at the Odeon - Hammersmith 1975, contendo uma das primeiras apresentações após o lançamento de "Bohemian Rhapsody" em 1975.[164][165]

LOVE KILLS REMIX








Queen - Greatest Hits (1) [1 hour 20 minutes long]

0:38 Bohemian Rhapsody
6:37 Another One Bites The Dust
10:16 Killer Queen
13:24 Fat Bottomed Girls
17:10 Bicycle Race
20:20 You're My Best Friend
23:23 Don't Stop Me Now
26:55 Save Me
30:52 Crazy Little Thing Called Love
33:42 Somebody To Love
38:53 Now I'm Here
44:23 Good Old-Fashioned Lover Boy
47:21 Play The Game
50:56 Flash
53:44 Seven Seas Of Rhye
56:35 We Will Rock You
59:10 We Are The Champions

Queen - Greatest Hits (2) [1 hour 20 minutes long]



Tracklist (Click the time to skip to the track) -
A Kind Of Magic - 00:36
Under Pressure (feat. David Bowie) - 05:11
Radio Ga Ga - 09:19
I Want It All - 15:08
I Want To Break Free - 19:16
Innuendo - 23:41
It's A Hard Life - 30:27
Breakthru - 34:38
Who Wants To Live Forever - 39:00
Headlong - 43:08
The Miracle - 48:00
I'm Going Slightly Mad - 53:18
The Invisible Man - 57:49
Hammer To Fall - 01:02:12
Friends Will Be Friends - 01:06:03
The Show Must Go On - 01:10:32
One Vision - 01:14:52


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